domingo, 21 de maio de 2017

Detalhamento de RAMALHO LEITE ESCREVE: OS ALEMÃES NO BREJO

RAMALHO LEITE*

Guardei desde menino a imagem daquele galego grandalhão que morava num quarto externo da casa dos meus pais em Borborema. Conhecido como “seu” Guilherme, ainda hoje não conheço o seu nome familiar. Chegou à Vila de Camucá em uma madrugada de chuva.Temendo pela própria vida  pediu abrigo e proteção ao dr. Jose Amancio Ramalho, então chefe político da localidade. Fugia da Vila de Moreno, distrito do mesmo município de Bananeiras, onde todo o seu patrimônio fora devorado pelo fogo. Os brejeiros viram naquele comerciante alemão a oportunidade de vingar os brasileiros mortos nos navios afundados por submarinos germânicos.
É sabido que a neutralidade do Brasil na segunda guerra foi quebrada pela agressão do Eixo à nossa frota de navios mercantes. A morte de brasileiros nesses ataques fez o País aderir ao conflito. Era agosto (sempre agosto) de 1942 e em apenas dois dias, mais de seiscentos brasileiros tiveram o mar como tumulo, junto com seis navios abatidos  na costa do nordeste brasileiro. A notícia ecoou por toda parte e os estrangeiros cujas nações estavam unidas a Hitler, pagaram com suas posses o prejuízo bélico. A Vila de Moreno não deixou por menos: expulsou o único inimigo ao seu alcance e extinguiu o seu comercio. A Vila de Camucá foi seu exílio, sob a proteção do pacifista  Zé Amancio e  do juiz Mario Moacyr Porto, da Comarca de Bananeiras.
Por que o alemão, no fim da vida, morava na minha casa? Ao se estabelecer na hoje cidade de Borborema, seu Guilherme fez do meu pai seu sócio em um empório de tecidos, miudezas e ferragens e o transformou em um homem rico. A política levaria tudo, a partir do momento em que meu pai tornou-se único proprietário da firma. O alemão acometido de tuberculose faleceu no Recife para onde meu pai o levara, a seu pedido, para morrer junto dos  familiares ali residentes. Ficou muitos meses em tratamento, naquele quarto anexo à minha casa onde guardo a lembrança da sua presença.
Outro alemão que já estava em Borborema quando seu Guilherme chegou chamava-se Harris Kramer. Casou com dona Alzira Lucena e constituiu numerosa família. Um de seus filhos foi à pia batismal levada pelos meus pais.Eram compadres. Mecânico dos bons, dedicava-se à manutenção da indústria de fécula e da hidrelétrica,( iniciativas de Zé Amâncio) e ao trabalho de construção e restauração de peças de uma dezena de engenhos de rapadura da região. Um filho de seu Harris, Artur, é Auditor Fiscal do Estado. Dona Alzira era filha de Adelson Lucena e,  enquanto na ativa, foi agente dos correios de Borborema. Era prima de Humberto Lucena que exerceu durante longos anos hegemonia administrativa sobre os Correios e Telégrafos, desde que seu pai, Severino Lucena,  exercera a direção geral no estado.
Em Bananeiras fixou-se por alguns anos seu Frederico, chegado ao brejo na mesma época dos dois já citados. Migrou para Natal e seus descendentes estão ali arraigados. Antes de todos esses, trazidos pelo Comendador Felinto Florentino da Rocha, filho do Barão de Araruna, chegou a Bananeiras outro alemão e ali constituiu família. Conta Maurílio Almeida que esse germânico estava preso no Recife,  com toda a tribulação do seu navio. Foi entregue sob custódia ao Comendador, que necessitava de um mecânico para montar uma usina de beneficiamento de café, na época em que Bananeiras era a produtora do melhor café do nordeste. O Comendador não contava introduzir o alemão Wildt na sua família, mas foi o que aconteceu. Uma bisneta desse alemão é a primeira coronela ( com o perdão de Dilma)  da Policia Militar da Paraiba. Wildt trabalhou com outro patrício em Alagoa Grande,  estabelecido com oficina mecânica, a serviços dos engenhos. As águas de Camará destruíram essa oficina localizada às margens do rio, na chegada de quem vem de Areia. Esses alemães deixaram a Europa após o primeiro conflito mundial,  prevendo e temendo  uma segunda edição.Estavam certos.
Transcrito do saite www.ramalholeite.com.br
 *O autor é ex-deputado 3estadual, jornalista, escritor e secretário de Estado da Paraíba , além de membro da Academia de Letras da Paraíba.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Em gravação, 'Temer dá aval a compra de silêncio de Cunha', diz jornal

Temer e Cunha, em foto de arquivoDireito de imagemLUIS MACEDO/ CÂMARA DOS DEPUTADOS
Image captionTemer e Cunha, em foto de arquivo
Os donos da gigante de alimentos JBS, Joesley e Wesley Batista, fizeram uma delação que implica diretamente o presidente Michel Temer, segundo reportagem do jornal O Globo publicada na noite desta quarta-feira (17).
Segundo o texto, publicado na noite desta quarta-feira, Joesley, o irmão e outras cinco pessoas contaram à Procuradoria Geral da República que Temer foi gravado dando o aval para compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba (PR).
Até o momento, não há confirmação oficial da PGR nem comentários do Palácio do Planalto.
Ainda de acordo com o jornal, na gravação, Temer ouviu de Joesley que o empresário estaria dado dinheiro para que Cunha e o operador Lúcio Funaro ficassem calados na prisão. O presidente, então, teria respondido: "tem que manter mesmo, viu?"
Além disso, o peemedebista teria indicado o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, o mesmo Loures teria sido gravado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.
Ainda segundo o jornal, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria sido gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário da JBS.
A BBC Brasil não conseguiu contato com a PGR ou com o Palácio do Planalto.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Nada de arroz e feijão: saiba qual alimento une o Brasil, segundo Alex Atala

Alex AtalaDireito de imagemRUBENS KATO
Nem arroz, muito menos o feijão. Pergunte ao chef mais premiado do Brasil - e conhecido pelas pesquisas sobre a culinária regional brasileira - qual o ingrediente que melhor representa o país e a resposta vai ser simples: a mandioca.
"O ingrediente que está presente de norte a sul do Brasil, em todas as mesas, das mais ricas às mais pobres, é a mandioca e suas farinhas", disse Atala, dono do restaurante mais premiado do Brasil, o D.O.M., em São Paulo.
Em entrevista à BBC Brasil durante uma passagem pelo Japão, o chef ainda afirmou não ser verdade que o Brasil inteiro coma arroz e feijão. "Também não dá para falar que a comida baiana é mais brasileira que a mineira ou que a gaúcha e a amazônica", ressalta.
"O que nós brasileiros precisamos entender é que o Brasil é um país muito grande e uma vida inteira dedicada a conhecer o nosso país não é suficiente", diz o cozinheiro, que sugere uma valorização maior dos produtos e comidas regionais.
"Quem é de cada região tem de trabalhar em favor do seu em vez de criar pequenas brigas regionais, que não acrescentam em nada."
Atala esteve no Japão para promover alimentos e bebidas típicas brasileiras que já estão disponíveis no mercado japonês.

Problema de auto-estima

Arroz e feijãoDireito de imagemMARIAMARMAR / GETTY
Image captionAtala defende que a combinação de arroz e feijão não é o alimento mais popular do país
Entusiasta da pesquisa com ingredientes brasileiros, Atala admite que o país tem dificuldade de valorizar a própria gastronomia, mas que está aberto a experimentar sabores.
"O Brasil é um país com uma abertura para comer comidas diferentes que é ímpar, não é comum no mundo. Então, o problema não é de paladar, mas de auto-estima e de educação alimentar".
Por isso, Atala vem trabalhando nessas duas frentes. Para a auto-estima, ele representa o Brasil no exterior falando de comida brasileira ainda se propôs a mostrar a versatilidade - e o requinte - dos ingredientes nacionais em pratos de alta gastronomia, servidos no D.O.M.
Já para promover a educação e tornar os alimentos típicos do Brasil mais conhecidos, Alex criou, em 2013, com um grupo de amigos, o Instituto Atá (radical da palavra fogo, em tupi), que incentiva uma relação mais sustentável com alimentos, a natureza e a diversidade de ingredientes. E espera que a iniciativa possa servir como exemplo.
"No Brasil, as modas começam assim: quando alguém é admirado e começa a fazer alguma coisa, as pessoas vão seguindo e vão se formando pirâmides. No caso da cozinha brasileira, o que falta é alguém começar a dar o exemplo", sugere.
O exemplo, para ele, começa em casa: pai de três filhos, ele aprendeu no dia a dia a ensinar educação alimentar para os mais novos. No início, não se importava de levar o mais velho a redes de lanchonetes, mas aprendeu a lidar com a vontade de se comer fast food de outra forma.
"Comíamos o hambúrguer, ganhávamos o presentinho. Eu pensava o seguinte: se uma empresa tem o direito de corromper o meu filho, porque ele estava indo lá para ganhar um presente e não para comer, eu tinha o mesmo direito. Então, eu o levava para comer um hambúrguer muito melhor e dava um presente mais legal."
Já os mais novos, conta Atala, não ligam para fast food - preferem um bom sushi.

Mudança de hábito

MasterchefDireito de imagemDIVULGAÇÃO
Image captionAtala diz que programas de gastronomia na televisão incentivam o hábito de cozinhar
Atala defende ainda uma outra mudança no consumo de alimentos. Para ele, além de um maior conhecimento e consumo de produtos locais, a relação do homem com o alimento precisa mudar.
"É preciso entender o que acontece antes da panela. Eu tive de aprender que proteger a natureza não é somente cuidar do rio, do mar ou da floresta. É também proteger o homem que cuida dela".
"Não me choca que 90% do Brasil nunca comeu ingredientes amazônicos, mas imaginar quantas pessoas no mundo são capazes de reconhecer um pé de laranja sem fruta".
Nesse sentido, Atala avalia que a proliferação de programas de televisão dedicados à gastronomia tem uma função interessante - embora ele admita que não assista e acha todos muito fracos.
"A desconexão do homem com o alimento hoje é brutal e esses programas estão, pelo menos, reconectando o homem ao ingrediente ou ao ato de cozinhar".
Ainda sobre as "modas" e tendências relacionadas à gastronomia no Brasil, Atala comenta sobre os food trucks.
"Não tenho nada contra, mas eles são uma maneira de empregar pessoas que poderiam estar melhor empregadas".

Relação com o Japão

Durante a passagem pelo Japão, além de cozinhar para cerca de 50 convidados e servir um menu com muitos ingredientes amazônicos - como a castanha do Pará, o açaí e o puxuri, - Atala ainda participou de conversas com chefs japoneses e ministrou um concorrido seminário, organizado pela Embaixada do Brasil no Japão e pelo portal Gurunavi, principal guia japonês de restaurantes na internet.
Na plateia, empresários, jornalistas e cozinheiros japoneses também premiados ouviram fascinados sobre a origem dos pratos servidos no restaurante de Atala e alguns puderam experimentar duas receitas inspiradas na cozinha japonesa: um peixe com um molho de açaí e o pudim salgado com um cogumelo selvagem da Amazônia.
O chef brasileiro também admitiu ser fascinado pela culinária japonesa. Ele esteve no país pela primeira vez há dez anos e, desde então, viaja sempre para buscar inspirações.
"Um bom cozinheiro nunca vai ser um bom cozinheiro se não for pelo menos uma vez ao Japão".
Ele ainda diz que foi no Japão que ele aprendeu sobre simplicidade.
"É muito difícil ser simples e, para atingir isso, você precisa ganhar a perfeição."
Outra lição que ele aprendeu com os japoneses foi sobre a organização.
"No Brasil e na Europa você acende o fogão para depois encher a panela; no Japão é tudo ao contrário. Você se prepara para fazer as coisas", explica.
Atala conta que a primeira viagem ao Japão, em 2007, foi reveladora.
"Melhorei como pessoa e tive uma lição de humildade, pois achava que sabia de cozinha japonesa, porque cresci com japoneses e estava a vida toda trabalhando com cozinha. Hoje já se passaram dez anos desde a primeira visita ao Japão e aprendi bastante de cozinha japonesa... o suficiente para descobrir que não sei nada sobre cozinha japonesa."

De rebelde a cozinheiro

GrumixamaDireito de imagemALEXANDRE SCHNEIDER/LIVRO 'MISTURE A GOSTO'
Image captionAtala defende o uso de ingredientes brasileiros, como a grumixama - considerado em extinção
De origem palestina, Milad Alexandre Mack Atala, mais conhecido hoje como Alex Atala, sempre foi um rebelde. Ainda adolescente, furou a própria orelha, tatuou o corpo e aderiu ao estilo punk-rock.
Aos 14 anos, deixou a família em São Bernardo do Campo e foi para a capital paulista, onde trabalhou como DJ. Mas, sem muitas perspectivas profissionais, foi se aventurar na Bélgica, onde pintava paredes para sobreviver.
Foi lá que ficou sabendo de um curso profissionalizante de gastronomia.
Atala confessa que não tinha o mínimo interesse pela área, mas foi uma forma de largar o trabalho de pintor de paredes. Com o diploma na mão, trabalhou em restaurantes na Bélgica, na França e na Itália.
Aos poucos, descobriu que levava jeito com as panelas. De volta a São Paulo, ganhou os holofotes quando foi trabalhar no restaurante Filomena.
Em 1999, ele abriu o Namesa, restaurante moderninho onde servia pratos mais simples a preços mais acessíveis. Mas a consagração veio mesmo com o D.O.M., aberto alguns meses depois com dois sócios.
O restaurante é o único do Brasil a possuir duas estrelas no Guia Michelin - o máximo são três estrelas.
No próximo mês de abril, Atala abrirá seu quarto restaurante na capital paulista, o Bio, de comida natual - atualmente, além do D.O.M., ele também é dono dos restaurantes Dalva e Dito e Açougue Central.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

PELO FIM DO FORO PRIVILEGIADO

Bem vindo ao blogcarloscostajornalismo.
Visite, conheça, compartilhe com seus contatos e comente se quiser outros trabalhos científicos, sociais, filosóficos e literários e baixe de graça alguns livros meus já esgotados, em formato PDF E-BOOK:



PELO FIM DO FORO PRIVILEGIADO!

Além dos políticos brasileiros serem os mais caros do mundo, muitos ainda usam a “imunidade parlamentar” e o “foro privilegiado” para desviarem recursos públicos e serem julgados pelo STF. Todos são “Vossas Excelências”  devem ser tratados, mesmo os corruptos e os que estão presos. Dentro da Reforma Política, está na hora de acabar o Foro Privilegiado para crimes comuns e mantê-lo única e exclusivamente para pronunciamentos em plenário ou para desdobramentos  em razão deles. Não deveria existir Foro Privilegiado para crimes de corrupção, tráfico de drogas, homicídios e outros delitos comuns.  

O deputado estadual e advogado Francisco Guedes de Queiroz defendia o fim do foro privilegiado para crimes comuns. Exerceu o mandato de deputado estadual pelo MDB por 26 anos e se transformou em sinônimo de honra e caráter e defesa intransigente do erário público. Na condição de presidente e com a eleição de Manoel Ribeiro para ser o primeiro prefeito eleito de Manaus após o os 21 anos de Governo Militar se tornou o vice-governador de Gilberto Mestrinho. Amazonino Mendes, primeiro prefeito de Manaus, foi nomeado pelo governador por Gilberto Mestrinho. Seguiu carreira política depois e se elegeu várias vezes prefeito e governador do Amazonas. Toda sua vida de Francisco Queiroz até à morte foi pautada pela honra, caráter e respeito ao erário público e aos seus eleitores. Faleceu vivendo financeiramente mais de sua atividade judicante do que de sua atividade parlamentar que dizia que não “enriquece ninguém”, contrariando os políticos milionários de hoje. Ao falecer em uma cirurgia cardíaca em SP, quitou uma casa adquirida pelo inexistente Sistema Financeiro da Habitação. Ele pagava carnê da casa ao adquirida Construtora Coencil, do empresário José Moura Teixeira Lopes, o “Mourinha”, ao Banco Nacional de Habitação – BNH, que também não existe mais.

O advogado e parlamentar sempre militou no MDB, na época do bipartidarismo ARENA/,MDB, representou o Amazonas  e ajudou a eleger no Colégio Eleitoral, Tancredo Neves (MDB),  tornando-o  o primeiro presidente civil da República, depois do Golpe Militar que demorou 21anos. Ah, que falta você faz ao Amazonas e ao Brasil, deputado Francisco Guedes de Queiroz, diferentes de sua vida parlamentar como José Belo Ferreira, Damião Ribeiro, Homero de Miranda Leão, José Cardoso Dutra, Felix Valois Coelho Junior, Waldir Barros, Samuel Peixoto, José Costa de Aquino, José Maria Monteiro, Brth Azize, Natanael Bento Rodrigues. Ah, se a qualidade política voltasse...

Enquanto isso, a Câmara Federal aprovou a terceirização em todas as etapas do processo produtivo de empresas, votará e poderá aprovar  as Reformas da Previdência Social, Política e, pior do que isso,  o parlamento fez ressuscitar do sepulcro o projeto de Lei do senador Renan Calheiros  punindo abuso de autoridades. Se aprovado, sepultará de vez as  investigações da Lava Jato, da Carne Fraca e todas que ainda poderão vir a surgir no futuro. O projeto é de Renan Calheiros, ex-presidente do Senado, investigado por várias suspeitas de crimes de corrução no STJ.  Enquanto isso, Alexandre de Moraes assume como Ministro do STF e poderá vir a defender o fim da Imunidade parlamentar para crimes comuns, mantendo-a só para pronunciamentos em plenário como já foi e sempre deveria continuar sendo, como anunciou que faria quando foi sabatinado no Congresso!

Enviado do meu LG Claro

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Vivendo e aprendendo,

O que vi e aprendi aos70
BERILO DE CASTRO 

· a dormir em rede;

· a dormir e acordar cedo;

· a cuidar mais da saúde;

· a viajar no imaginário das boas leituras;

· a escutar mais e falar menos;

· a gastar menos e guardar mais;

· a administrar os paraefeitos da idade;

· a usar mais a razão do que a a emoção;

        a repelir com horror e indignação as danosas,  maléficas e criminosas torcidas organizadas de  
          futebol;

· a continuar praticando atividade física;

· a continuar com os divertidos, animados e relaxantes papos com amigos, regados a um bom uísque;

· a admirar cada dia mais as belas  poesias musicais (raras, hoje);

· a detestar e não suportar a poluição sonora, com o uso criminoso de" paredões"- um atrazo secular e sem solução;

· a admirar  mais os homens de bom caráter;

· a ojerizar a mentira e detestar a falsidade;

· a conviver com a simplicidade e valorizar mais o humano;

· a não aceitar o gene da ganância como dominante;

· a me indignar mais e mais com a corrupção institucionalizada;

· a continuar a não entender as pessoas raivosas e mesquinhas;

· a repulsar veementemente a ingratidão;

· a assistir, cada vez mais revoltado e deprimido, ao descaso, à indiferença e ao abandono na saúde pública;

· a continuar  assistindo tristemente ao descaso e à deteriorização do sistema de ensino público;

        a acreditar e me sentir triste, envergonhado e roubado em saber que nos  últimos quinze anos o país foi criminosamente governado por um antro de corruptores de  um Departamento de Propina da Empresa Construtora Odebrecht;

· a avistar, finalmente, políticos corruptos e empresários corruptores na cadeia;

· a acreditar e louvar o novo perfil do Ministério Público;

· a enaltecer a coragem e a independência da nova geração de Promotores Públicos e da Polícia Federal;

· a continuar a não vislumbrar solução para o  combate às drogas, o  mal maior do século;

· a, infelizmente, assistir à falência total do sistema carcerário e o seu domínio  nas  mãos das facções criminosas;

· a assistir; indignado, triste e revoltado, à total insegurança que assombra, ameaça e domina a população nos dias atuais;


· a, infelizmente, continuar enxergando as pessoas mais egoístas e o mundo mais desumano e cruel.