quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

"Daqui não saio, daqui ninguém me tira".

BRASIL

Abre alas, elas querem passar

Foliãs jogam luz sobre lado obscuro da maior festa popular brasileira, num país onde mais de 60% dos homens afirmam que uma mulher que pula Carnaval sozinha não pode reclamar de assédio sexual.
Brasilien Karneval in Rio Samba Band Mulheres Rodadas (DW/C. Richardson)
O Mulheres Rodadas prepara para o seu terceiro Carnaval uma campanha de conscientização sobre assédio sexual
Ela não tinha nenhuma ginga no corpo, mas isso não impediu que Renata Rodrigues lançasse um bloco de Carnaval nas ruas do Rio de Janeiro dois anos atrás. Quando a mulher de 40 anos viu uma postagem viral no Facebook mostrando um cartaz que dizia "Eu não mereço mulher rodada", ela ironizou a mensagem ao fundar um bloco feminista chamado "Mulheres Rodadas".
A intenção é que o bloco fosse apenas uma brincadeira entre poucos amigos, mas quase uma centena de pessoas apareceu para o primeiro ensaio. Agora o bloco tem milhares de seguidores.
Neste ano, o Mulheres Rodadas está se preparando para o seu terceiro Carnaval promovendo uma campanha de conscientização sobre assédio sexual usando a hashtag #CarnavalSemAssedio. O Rio é conhecido por suas atitudes sexuais liberais, que atingem o ápice durante os desfiles de Carnaval.
 Desconhecidos se beijando pelas ruas são parte da tradição. Mas o ambiente "ninguém é de ninguém" também abre a porta para o assédio sexual desenfreado. Mulheres são apalpadas, imobilizadas pelos braços e beijadas à força.
"Em festas em que as pessoas estão nas ruas, como o Carnaval, as pessoas estão mais vulneráveis a sofrerem assédio ou estupro", afirma Renata Rodrigues.
Mas os brasileiros parecem não se preocupar muito com o problema. Uma pesquisa realizada em 2016 pelo instituto paulista Data Popular mostrou que 61% dos homens acreditam que uma mulher que vai pular o Carnaval sozinha não pode reclamar de assédio sexual, e 49% afirmaram que um bloco de Carnaval não é lugar para uma mulher decente.
"Carnaval sem assédio" tem o objetivo de conscientizar que ambas as partes em um Carnaval desinibido têm que consentir com o contato sexual. O Mulheres Rodadas espera educar os foliões de que "não" significa "não". Assim será possível ensinar os foliões sobre a se proteger e a lidar com casos de assédio.
A ideia de que o Carnaval funciona como uma grande festa democrática que reúne pessoas independente do gênero, raça ou classe acaba mascarando o racismo e sexismo profundamente enraizados. Imagens lascivas de mulheres negras vestindo nada além de penas e lantejoulas são transmitidas para o mundo todo.
Hiperssexualização e preconceito
Nas residências brasileiras, a hiperssexualização das mulheres negras era até este ano encarnada por uma mulata que escolhida anualmente para interpretar o papel de "Globeleza" – uma junção do nome da emissora de TV Globo e a palavra "beleza".
Brasilien Renata Rodrigues Gründerin des Carnival block Mulheres Rodadas (DW/C. Richardson)
Renata Rodrigues, do Mulheres Rodadas: "Nosso grupo começou como uma brincadeira, mas é muito sério"
A escolhida era sempre uma mulher negra pintada com glitter. Durante a temporada de Carnaval, a Globeleza aparecia em diversas inserções televisivas com closes que destacavam suas partes inferiores. Neste ano, a emissora anunciou que não iria mais promover uma mulata e optou por mostrar diferentes foliões – usando mais roupas.
Mas muitas das mais populares marchinhas de Carnaval ainda refletem velhas atitudes. Elas incluem letras racistas e sexistas sobre mulatas como O teu cabelo não nega.
O problema vai, porém muito além do assédio e do que ocorre no Carnaval; o Brasil tem índices de chocantes de violência sexual. De acordo com relatório de segurança pública de 2014, uma pessoa é estuprada a cada 11 minutos no país – e o número real deve ser muito maior se forem considerados os casos que não são reportados.
 O país também tem uma das mais altas taxas de homicídios contra mulheres no mundo. Ainda que o número de homicídios de mulheres brancas esteja em declínio, as estatísticas envolvendo mulheres negras dispararam.
Analba Brazão, uma ativista do SOS Corpo, uma organização feminista do Recife, afirma ser fã do Carnaval. No entanto, ela diz que a violência contra mulheres é amplificada em eventos de rua.
"As mulheres no Brasil não têm a liberdade de estar na rua. Elas ficam expostas", diz. "Nossa luta é pelo direito de pode sair em público e contar com segurança".
Antigas mazelas
Daiane Monteiro, de 29 anos, estava tomando algo em um café quando o bloco Mulheres Rodadas passou pelo local na última sexta-feira para um ensaio de pré-Carnaval. A jovem, que toca um instrumento de sinos chamado agogô em uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio, gostou da iniciativa do grupo, mas disse não achar que o assédio sexual ainda continua a ser um grande problema no Rio.
Ela apontou o crescimento da inclusão de mulheres em papéis tradicionalmente masculinos no Carnaval – por exemplo, a execução de instrumentos pesados como o surdo – como uma evolução positiva.
"Como mulheres nós temos a liberdade de exibir nossos corpos se quisermos", afirma. "Agora nós podemos até mesmo tocar em escolas de samba. No passado isso era uma atividade mais masculina."
Brasilien Karneval in Rio Samba Band Mulheres Rodadas (DW/C. Richardson)
Foliões do bloco Mulheres Rodadas no Rio de Janeiro
No entanto, Daiane Rodrigues pensa que assumir novos papéis na música não é o bastante. "Mulheres estão por toda parte nos blocos e escolas de samba, mas elas não se tornam mestres de baterias, não conduzem as bandas e não tomam decisões", conta.
Raquel Fialho, de 36 anos, vai tocar o xequerê com o Mulheres Rodadas pela primeira vez neste ano. "Eu vi eles no ano passado e fiquei encantada", afirma. "Foi algo muito poderoso, bonito e colorido".
Ela sabe que as tradições do Carnaval contam com décadas de história e que mudar as atitudes será um longo processo: "Não podemos esperar mudar as ideias em apenas alguns anos."
Muitos no Brasil também temem que direitos conquistados pelas mulheres estejam sob risco com o presidente Michel Temer, que lidera o governo mais conservador desde o fim do regime militar.
Quando Temer anunciou o seu primeiro ministério após assumir interinamente, as pastas não incluíam nenhuma mulher. Ele também aboliu o status de ministério das secretarias de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, e de Direitos Humanos. As responsabilidades das pastas passaram a ser atribuição do Ministério da Justiça.
"Nosso grupo começou como uma brincadeira, mas é na verdade muito sério", reforça Renata Rodrigues, a criadora do bloco. "O Carnaval é talvez a mais importante forma de protesto no Brasil."
Clare Richardson está no Brasil com uma bolsa  do International Reporting Project (IRP).

Governo do Estado paga amanhã os salários dos funcionários.


Ricardo antecipa pagamento dos servidores para 23 e 24 de fevereiro

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017 - 12:58 -  
O governador Ricardo Coutinho anunciou nesta terça-feira (14), durante solenidade de lançamento do Pacto pelo Desenvolvimento Social da Paraíba, em João Pessoa, a antecipação do pagamento dos servidores estaduais referente à folha de fevereiro.
De acordo com o calendário, o pagamento será efetuado nos dias 23 e 24 deste mês. No primeiro dia, recebem aposentados e pensionistas. Já no segundo dia, será efetuado o pagamento dos servidores da ativa, tanto da administração direta quanto indireta.
O governador Ricardo Coutinho vem cumprindo o compromisso de pagar ao funcionalismo dentro do mês trabalhado. Com a antecipação da folha de fevereiro, serão injetados na economia paraibana R$ 330 milhões nesse período de festividades carnavalescas.
Calendário:
23/02 (quinta-feira) – Aposentados e pensionistas
24/02 (sexta-feira) – Servidores da ativa

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

HISTÓRIA

O alemão que mapeou o Brasil

Há dois séculos, Carl von Martius chegou ao país junto com a imperatriz Leopoldina. Partiu após três anos, deixando como legado um meticuloso levantamento da flora brasileira: o maior já realizado até hoje.
Ausstellung Carl Friedrich Philipp von Martius - Lithografie Brasilien (Moreira Salles Institut)
Von Martius retratou as paisagens em litografias, compiladas na obra "Flora brasiliensis", até hoje uma referência
Há 200 anos, Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) chegava ao Brasil como um dos integrantes da Missão Austríaca – que acompanhava a imperatriz Leopoldina por ocasião de seu casamento com dom Pedro 1º. A aventura do jovem botânico alemão, que percorreu mais de dez mil quilômetros por um Brasil inóspito, marcaria um dos mais importantes momentos para o conhecimento da flora nacional até então exótica e inatingível no imaginário mundial.
Carl Friedrich Philipp von Martius (public domain)
Von Martius ajudou a decifrar o Brasil
Durante os três anos em que passou no país (entre 1817 e 1820), Von Martius fez um meticuloso levantamento da flora brasileira – o maior já realizado. E a partir deste estudo, ele dividiu o Brasil em cinco biomas (Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Selva Amazônica e Pampas), uma divisão usada até hoje.
Para marcar a data, foi aberta no último fim de semana, no Instituto Moreira Salles (IMS), no Rio, a exposição "O mapa de Von Martius ou como escrever a história natural do Brasil". A exposição tem justamente como ponto de partida o mapa criado em 1858, em que o botânico propõe uma divisão regional para o país a partir dos biomas detalhados em sua expedição.
"Von Martius não foi o único a fazer uma proposta de regionalização do Brasil, mas teve essa visão de tentar compreender o território todo", explica a coordenadora de iconografia do IMS e curadora da exposição, Julia Kovensky. "Com o levantamento das plantas, ele visualizou esses grandes conjuntos, definiu biomas, e transferiu isso para uma divisão territorial do país."
Ausstellung Carl Friedrich Philipp von Martius - Lithografie Brasilien (Moreira Salles Institut )
Cachoeira do Rio São Francisco, chamada então de Paulo Afonso (c.1840)
Em companhia do zoólogo Johann Baptist von Spix, Von Martius fez expedições pelas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, colhendo e catalogando uma vasta quantidade de espécimes vegetais. Ele retratou as paisagens em litografias, compiladas na obra Flora brasiliensis (até hoje uma referência), reunindo 20 mil espécimes vegetais em 40 volumes. A exposição reúne 50 dessas paisagens, além do mapa.
"Estamos apresentando um pequeno conjunto de obras do primeiro volume da Flora brasiliensis, que são dedicados às paisagens brasileiras com as plantas inseridas", explica Julia. "São litografias com paisagens de diferentes regiões do Brasil, além do mapa com os biomas e algumas obras complementares."
Ausstellung Carl Friedrich Philipp von Martius - Lithografie Brasilien (Moreira Salles Institut )
As árvores que nasceram antes de Cristo na floresta às margens do Rio Amazonas (c.1840)
O mapa dá um pouco da dimensão da aventura de se lançar pelo interior do país naquela época, até a região da atual fronteira com a Colômbia, saga relatada pelo naturalista nos três volumes do livroReise in Brasilien ("Viagem pelo Brasil"), publicado entre 1823 e 1831. O trabalho vai além da questão da flora e retrata um país em transformação, que se tornara a capital do Império português poucos anos antes e se abria para o mundo.
 "Ele tinha um grande interesse por ciências naturais, mais especificamente por botânica", conta Júlia. "Mas, como muitos outros homens de sua época, tinha uma visão muito ampla e atuou em diferentes frentes."
De acordo com a historiadora Iris Kantor, da Universidade de São Paulo (USP), que também participou da curadoria da exposição, o levantamento feito por Von Martius produziu uma imagem do Brasil que até hoje está incorporada ao imaginário das elites. Para ela, analisar criticamente essa imagem é um desafio importante para compreender o país.
Ausstellung Carl Friedrich Philipp von Martius - Lithografie Brasilien (Moreira Salles Institut)
Floresta que sombreia as encostas das montanhas da Serra dos Órgãos, na Província do Rio de Janeiro (c.1840)
"Ele foi sem dúvida um dos pais fundadores da historiografia brasileira e de uma certa maneira de se fazer história", afirma Iris.
Em 1843, de Munique, Von Martius encaminhou uma proposta de como se deveria escrever a História do Brasil para um concurso organizado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Seu programa de estudos incluía, pela primeira vez, a incorporação da participação popular na grande narrativa sobre a formação da nacionalidade.
"Assim, além dos indígenas e dos portugueses, ele sugeria a inclusão das populações de origem africana", diz Iris. "Algo muito atual como, por exemplo, o estudo da história do tráfico negreiro e das feitorias portuguesas no continente africano. Ele também chamou a atenção para a necessidade de investigar os mitos e tradições indígenas, por meio da incorporação da documentação oral."
A exposição no IMS pode ser vista até 16 de abril.

LEIA MAIS

13/02/2017 12h51 - Atualizado em 13/02/2017 13h08

Chove em 72 municípios do RN; em 16, 





chuvas passaram dos 100mm



Dados são da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte.
Cidade que mais choveu foi Umarizal, com 216mm.

Do G1 RN
Dezesseis cidades registraram mais de 100 mm de chuvas  (Foto: G1/RN)Dezesseis cidades registraram mais de 100mm de chuvas (Foto: G1/RN)
Entre as 7h da sexta-feira (10) e as 7h desta segunda (13), a gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) registrou chuvas em 72 municípios do estado. Em 16 municípios foram registrados mais de 100mm e as maiores precipitações foram em Umarizal, com 216mm, e em Mossóro, com 198mm.
Ainda na região Oeste, outras cidades que registraram precipitações maiores que 100mm foram: Viçosa (164,2mm), Tibau (161,8mm), Campo Grande (160,6mm), Areia Branca (123mm), Messias Targino (120mm), Rodolfo Fernandes (116mm) e Apodi (108,8mm).
Na região Central, as cidades que registraram mais de 100mm foram: Santana do Matos (124,7mm), São João do Sabugi (120mm), Acari (116mm), Cruzeta (107,9mm) e Jardim do Seridó (101mm).
Na região Agreste, choveu mais forte em João Câmara (167mm), Parazinho (47mm), Sítio Novo (38mm), Boa Saúde (26mm) e São Bento do Trairi (11,9mm).
Já na região Leste, foram registradas chuvas em Parnamirim (33,7mm), Espírito Santo (15,7mm) e São Gonçalo do Amarante (6,3mm).
OESTE
Umarizal 216mm
Mossoró 198,2mm
Viçosa 164,2mm
Tibau 161,8mm
Campo Grande 160,6mm
Areia Branca 123mm
Messias Targino 120mm
Rodolfo Fernandes 116mm
Apodi 108,8mm
Grossos 96,6mm
Pilões 86,2mm
Porto do Mangue 82,3mm
Severiano Melo 78,5mm
Major Sales 76,7mm
São Rafael 68,5mm
Frutuoso Gomes 67mm
Pendências 60,8mm
Rafael Godeiro 59mm
Felipe Guerra 53mm
Janduís 48mm
Baraúna 44mm
Paraú 43mm
Paraná 41mm
Serrinha dos Pintos 37mm
Marcelino Vieira 35mm
Francisco Dantas 33,8mm
Riacho de Santana 31mm
Pau dos Ferros 28mm
Tenente Ananias 28mm
Água Nova 27mm
Upanema 25,6mm
Ipanguaçu 24,5mm
Apodi 22,6mm
São Francisco do Oeste 2,5mm
Encanto 20mm
Doutor Severiano 11mm
Venha-Ver 10mm
Alexandria 0,7mm
CENTRAL
Santana do Matos 124,7mm
São João do Sabugi 120mm
Acari 116mm
Cruzeta 107,9mm
Jardim do Seridó 101mm
Parelhas 90mm
São Bento do Norte 62mm
Angicos 61,6mm
Ouro Branco 55,3mm
Lajes 49,9mm
São Vicente 49mm
Jardim de Piranhas 41,9mm
Cerro Corá 36,2mm
Carnauba dos Dantas 34mm
Timbaúba dos Batistas 30mm
São Fernando 24mm
Guamaré 21,8mm
Fernando Pedroza 17,9mm
Florânia 13,6mm
AGRESTE
João Câmara 167mm
Parazinho 47mm
Sítio Novo 38mm
Boa Saúde 26mm
São Bento do Trairi 11,9mm
Japi 8mm
Barcelona 2,8mm
Rui Barbosa 2,2mm
Santo Antônio 2,2mm
LESTE 
Parnamirim 33,7mm
Espírito Santo 15,7mm
São Gonçalo do Amarante 6,3mm

SEGUNDA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2017

Chuvas fortes em Caicó, Mossoró e na zona oeste potiguar.

A SECA NÃO É PERMANENTE NEM AS ÁGUAS PERENES DO SÃO FRANCISCO A REDENÇÃO COM FORTES CHUVAS NO SERTÃO

A região do semiárido brasileiro vive uma estiagem com chuvas irregulares sequencialmente desde 2012. Já são cinco anos seguidos sem chuvas e a seca penaliza o sertão, o sertanejo! Essa é uma realidade.

A outra penúria seria a enchente, a gravidade das enxurradas nas cidades por causa do grande volume d’água transbordado dos rios, atingindo suas regiões ribeirinhas de áreas urbanas invadidas pelo inchamento desordenado das periferias, em consequência, como se sabe, de questões sociais.     

Um exemplo bem perto, da cidade de Caicó. Banhada por dois rios, Seridó e Barra Nova, que se confluem em um só logo após a divisa urbana da cidade e cujas águas correm para o Rio Piranhas ou Piranhas-Açu.

Mas em Caicó, esses rios sequer tomaram água nestes primeiros dias de 2017, aliás, a primeira chuva forte se deu neste sábado, 11 de fevereiro, que segundo foi divulgado, em alguns locais foram mais de 90 milímetros, outros menos.

PRESENTE
O fato é que logo cedo desde domingo, 12 de fevereiro, segundo também foi divulgado, o prefeito Robson Araujo Batata convocou o seu secretariado, no Centro Administrativo, “para tomar algumas medidas e dividir as equipes para fazer um levantamento de algumas situações de risco”, tendo em vista “os transtornos na cidade, com algumas pessoas desabrigadas, residências afetadas e ruas que foram danificadas”.

FUTURO
É nesse contexto que se analisa uma outra questão, agora para o futuro, após a conclusão da transposição do rio e as águas do São Francisco que estarão em correnteza perene em nossos rios e adutoras. Será a redenção do sertão, embora não deixe ser um problema para os anos de inverno acima da média pluviométrica de chuvas na região. 

E em Caicó, os dois rios vão represar suas águas que chegarão no perene (e cheio) Rio Piranhas-Açu, ocasionando alagamentos na cidade, fato que voltando ao passado relembre-se a cheia de 1924, ou seja, daqui a sete anos concretiza-se o centenário da grande cheia, que ficou registrada graças as lentes do fotógrafo caicoense José Ezelino.

PASSADO
Nessas duas fotos dos arquivos do Blog Bar de Ferreirinha, tem-se os efeitos dos dois rios, o Seridó, com a inundação da então Igreja de Sant’Ana, e o Barra Nova, com o cemitério São Vicente de Paulo parcialmente destruído. E veja que Caicó era uma pequena cidade, de poucas ruas e população.

A profecia de o sertão vai virar mar? Uma alerta os ambientalistas e defesa civil!