domingo, 30 de outubro de 2016

O Capitão.

François Silvestre


Estávamos no Amarelinho, na Praça Floriano, da Cinelândia, há quantos anos? Não lembro. Aurélia, Felipe e eu. Felipe ainda de colo; hoje joga bola na Praia do Flamengo, num time de moleques da escola onde estuda na Rua Buarque de Macedo. No Catete. Mas, voltemos ao fato. O bar estava quase lotado. Quando vejo, vindo do lado da estação do metrô, o Capitão Carlos Alberto Torres. Ao passar por nós, falei: “Capitão”. Ele parou e dirigiu-se a mim. Abraçamo-nos e conversamos por alguns minutos. Não foi muito tempo, mas foi suficiente pra chamar a atenção do bar. 

Quando ele saiu, deixou um aceno de quem parecia ter visto um amigo antigo. Foi assim. Aurélia se culpa de não ter registrado o “encontro”, por uma foto do celular. Rubinho Lemos me admoestou: “França, seu galado, você não registrou isso”? 

Soube agora que o Capitão partiu. Fico vendo a cena do drible de Tostão, lá da linha de fundo, sem olhar, passando a bola pra Pelé, que esperou a vinda de Carlos Alberto Torres, ao dar o passe perfeito e ver o Capitão estufar a rede italiana e marcar o quarto gol do Tri. 

Valeu, Capitão!…, O tempo era escuro naquele tempo, hoje é claro no escuro. E no futebol é cinza!

*Com post no Substantivo Plural
Foto relacionada à publicação


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Postado por João Bosco de Araujo no AssessoRN.com em 10/30/2016 08:49:00 AM

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Notícias do cooperativismo.

Nova Edição da Revista EasyCOOP
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REVISTA
Há muita vida além do lixo
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ÚLTIMO INFORMATIVO 
Cooperativas da capital de SP poderão ser isentas de ISS
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GALERIA DE FOTOS
FETRABRAS participa de reunião de sindicalistas com o deputado estadual Campos Machado
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TV EASYCOOP
Entrevista com a deputada estadual Clélia Gomes
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ARTIGOS
Ênio Meinen: A resiliência do cooperativismo financeiro
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GUIA DE BENEFÍCIOS
Veja o o guia de benefícios dos associados.
Olá como vai?
Mais uma edição da revista EasyCoop está nascendo. Estamos orgulhosos, pois mais uma vez podemos mostrar como o cooperativismo é importante para a vida das pessoas. Esta edição me marcou, começando pela história de luta da COOPERCATA MAUÁ, na qual os cooperados lutam com afinco amor e carinho para levar sustento a seus familiares. Ver a luta desses trabalhadores para manter o empreendimento funcionando diante de tantas dificuldades, e com coragem para recomeçar depois de vários assaltos, é algo que não pode ser descrito em palavras. Somente quem os visita e sente o forno que é a cooperativa pode entender a determinação dessas pessoas. Desde que conheci o Armando, da Coopercata, me afeiçoei por ele, por sua inteligência, politização, liderança e humanismo, entre outras qualidades. Ao ler a reportagem da Coopercata descobri que ele é ex- morador de rua e pude ter ainda mais certeza do poder de transformação que o cooperativismo tem na vida das pessoas, como ferramenta poderosa de inserção social. É lamentável que o poder público feche os olhos para quem luta para sobreviver daquilo que a sociedade descarta e não lhe dê o devido valor.
Quando converso com um parlamentar, digo sempre que esses “heróis do meio ambiente” deveriam ganhar bem pelo trabalho que executam, pois dão um novo destino ao que está acabando com o nosso planeta. Infelizmente, o poder público, além de não ajudar de verdade, ainda burocratiza seu trabalho. Eles pagam tributos como se fossem uma grande empresa com fins lucrativos, tais como ISS, PIS, Cofins, IRRF e INSS. Nessa edição ainda temos o Piauí, que instituiu a Política de Reciclagem de Entulhos da Construção Civil e Demolição no Estado e criou estímulos para cooperativas de reciclagem, o que é muito importante para melhorar o nosso planeta. Ainda temos o exemplo da Coacipar, cooperativa que chegou lá e hoje serve de inspiração para quem sonha em crescer.
Aproveitamos também para trazer um pouquinho do exemplo do cooperativismo português, pois é muito bom saber o que acontece em nosso setor mundo afora. Ainda tem a Coopermóveis, no Acre, um modelo a ser copiado, que beneficia 35 famílias indiretamente e gera 22 empregos diretos.
Normalmente gosto de participar, consumir ou utilizar um pouquinho de cada cooperativa que conheço, mas esse com certeza não é o caso. Em evento com o deputado estadual Campos Machado, que é um grande líder e vive preocupado com os menos favorecidos, tive o prazer de conhecer a Cooperativa de Trabalho dos Agentes Funerários de São Paulo, criada há dois anos. Reúne 33 profissionais e tem um trabalho diferenciado para uma hora tão difícil das famílias. É o que encanta no cooperativismo - encontrar cooperativa nos locais em que menos esperamos.
Nossa revista está cada vez mais internacional. Ainda temos uma linda matéria de Cabo Verde, mostrando a luta e determinação pela inserção de pessoas desempregadas, com passagem pela polícia ou estar em situação de risco, mães solteiras, especialmente as vítimas de violência de gênero. É um projeto lindo.
Também mostramos nesta edição as vantagens do crédito cooperativo em momento de incerteza econômica. E ainda temos um bate-papo com o deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), pessoa com sensibilidade maravilhosa e visão futurista extraordinária. Bom, tenho tanto para falar e tanto para fazer que as vezes penso que nesta vida não darei conta de promover as boas ações e clamar todos os dias a Deus que dê um novo rumo para o nosso mundo, a cada dia mais carente de amor ao próximo e boas ações. Mas vamos em frente, com a certeza de que vamos mudando um pouquinho de cada vez.


Beijos
Sandra Campos
Presidente
FETRABRAS – Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados
Editora Chefe - Portal e Revista EasyCOOP
Telefone: 11-3256-6009 ou 11-5093-5400
Celular: 11-7846-2836 TIM 948-137-799 WhatsApp
Endereço da sede da FETRABRAS/SINTRACESP
Alameda dos Jurupis, 1005 - CJ 114 - Moema
e-mail: sandra@sindicatodocooperado.org.br
_______________________________NOTÍCIAS_______________________________

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Em audiência pública realizada na Comissão de Integração Nacional, representantes de cooperativas foram defender a Política Nacional de Economia Solidária
Centro da ONU lança série sobre compras públicas de alimentos da agricultura familiar brasileira
Coordenada pelo Centro de Excelência contra a Fome, série de três estudos analisa métodos e resultados do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
Debatedores cobram aprovação de Lei Geral do Cooperativismo
Além da aprovação do projeto e da manutenção da secretaria e das políticas para o setor, os debatedores cobraram a aprovação de uma Lei Geral do Cooperativismo, o fim dos impostos cobrados para vendas entre as cooperativas e a regulamentação da Lei da Agricultura Familiar (Lei 11.326/2006)
COPAGRIL: Cooperativa vai aderir à campanha Outubro Rosa
No mês de outubro a Copagril vai aderir novamente ao movimento Outubro Rosa - Um toque pela vida, que é promovido pelo Conselho da Mulher Empresária de Marechal Cândido Rondon
Crescimento do cooperativismo de crédito nacional e cenário exterior são destaque no segundo dia do 11º Concred
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Sicredi incentiva uso de energia renovável
Hoje, a matriz brasileira de energias renováveis vem crescendo de forma exponencial, tendo acelerado nos últimos cinco anos muito por conta do acordo entre Brasil e Estados Unidos, para chegarem em 2035 a matriz energética atingindo uma participação entre 28% a 32% de fontes renováveis na geração de energia
Londrina agora possui uma cooperativa que recicla isopor®
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Portugal: Cooperativa salva em 14 toneladas de "fruta feia" no Porto e Gaia
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Conhecer mais a instituição financeira cooperativa
O Programa Crescer permite um maior conhecimento sobre o empreendimento cooperativo
Portugal: Cooperfrutas consolida a sua aposta na qualidade, modernização e inovação
A Cooperfrutas, CRL, é uma Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas com sede na cidade de Alcobaça. Foi constituída em 1998 e nos últimos anos foi galardoa com os prémios PME Líder e PME Excelência
Alagoas: Cooperativa tem expectativa de gerar 2.300 empregos diretos em Atalaia
De acordo com a direção, a intenção é moer um milhão de toneladas de cana

domingo, 9 de outubro de 2016

08/10/2016 12h22 - Atualizado em 08/10/2016 12h22

Suspeito de matar família na Espanha aguarda notificação de prisão na PB

Ordem de prisão europeia e internacional foi emitida no dia 22 de setembro.
Advogado diz que jovem continua em João Pessoa e prestou depoimento.

Do G1 PB
Marcos Nogueira, Janaína Américo e os dois filhos do casal foram encontrados mortos na Espanha (Foto: Reprodução/Facebook/Janaina Diniz Diniz)Marcos Nogueira, Janaína Américo e os dois filhos do casal foram encontrados mortos na Espanha (Foto: Reprodução/Facebook/Janaina Diniz Diniz)
Quinze dias depois da Justiça espanhola emitir uma ordem de prisão europeia e internacionalcontra François Patrick Gouveia, o jovem, que é principal suspeito de matar e esquartejar o próprio tio, além da esposa e dos filhos do casal, continua morando em João Pessoa e até a sexta-feira (7) ainda não havia recebido nenhuma notificação sobre o mandado de prisão. De acordo com Eduardo Cavalcanti, advogado da família de Patrick, ele prestou depoimento à Polícia Federal no dia 30 de setembro.
“A família não recebeu nada ainda, desde semana passada. Ele se apresentou à polícia, foi fornecido o endereço dele e ele prestou depoimento”, disse Cavalcanti. O advogado afirmou também que Patrick “nega veemente a autoria do crime”.
A ordem foi emitida no dia 22 de setembro, mas o Superior Tribunal de Justiça da região de Castilla-La Mancha só divulgou uma nota sobe a ordem na terça-feira (4). Á época, o ministro de Interior da Espanha, Jorge Fernández Díaz, deu por "esclarecido" o quádruplo assassinato e descartou a possibilidade de que os crimes tenham relação com o tráfico de drogas ou o crime organizado. A Polícia Federal disse, no mesmo dia, que não confirmou o decreto de prisão e que estava aguardando informações do Chefe da Interpol no Brasil.
O suspeito
Em 2013, François Patrick foi apreendido aos 16 anos por esfaquear um professor em sala de aula no estado do Pará e cumpriu 45 dias de medida socioeducativa. Em março deste ano, se mudou para a Europa para tentar a vida como jogador de futebol e foi morar com a família do tio na cidade de Torrejón, onde ficou por quatro meses.
Segundo o advogado da família de Patrick, a família de Marcos tinha o costume de mudar de endereço. “Ele disse que Marcos estava se mudando, o que era muito comum, ele mudar de residência. E disse também que Marcos falou que depois voltaria para buscá-lo. Patrick nem sabia o novo endereço dele”, explicou o advogado.
Relembre o caso
Os corpos do casal e das duas crianças foram encontrados esquartejados no dia 18 de setembro, na casa onde eles moravam, a cerca de 60 km de Madri. Os investigadores calculam que os corpos se encontravam na casa há cerca de um mês.
As autoridades foram alertadas por um vizinho "que percebeu o odor" procedente da residência, segundo a polícia. De acordo com a imprensa espanhola, os corpos esquartejados foram achados em bolsas de plástico fechadas com uma fita adesiva.
Os agentes não encontraram sinais de que os assassinos tenham forçado a entrada na casa da família. "A entrada não foi forçada, nem qualquer tipo de janela, porta, nada", indicou o porta-voz da Guarda Civil. Vários vizinhos entrevistados indicaram que a família alugava a casa e que foram pouco vistos desde que se mudaram para lá no final de julho.
"O que está claro é que a forma com que os corpos foram achados indica uma intenção de não deixar pistas e depois se desfazer deles", afirmou Jesús García, tenente-coronel e investigador da Guarda Civil. "Dá a impressão de que algo foi abortado em um determinado momento, porque não é lógico que os cadáveres ficassem ali, dentro de casa", acrescentou.
Os parentes das duas famílias viajaram para a Espanha no dia 26 de setembro para conseguir transportar os corpos ao Brasil.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Apologia da burrice
Tomislav R. Femenick – Contador e Mestre em Economia

Um dos primeiros ensinamentos que nós contadores recebemos diz que, para se obtém um conjunto harmonioso de elementos, há de se separar e classificar os atos e fatos empresariais, governamentais ou sociais; conforme seja o ente objeto dos nossos serviços profissionais.
Está última semana, não obstante as eleições, quatro outros assuntos me chamaram a atenção pelos seus aspectos bizarros. O primeiro deles – a mais gritante entre as aberrações da semana – diz respeito à classificação do Brasil no ranking mundial de educação, reletivo ao ano passado. Entre os 139 países avaliados, ficamos na 133ª posição, isso é, na rabeira do mundo. Estamos iguais a Moçambique e na frente só da Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Paraguai e África do Sul. Triste retrato da “Pátria Educadora”, o slogan do segundo mandato de Dilma, a ex-perambulante do Alvorada.
O segundo fato é que o nosso país caiu para o 81º lugar no ranking de competitividade, medido entre 138 países. Esse índice afere o desempenho das nações, tomando por base 333 critérios que medem diferentes aspectos que influenciam na capacidade produtiva dos países. Essa foi a pior posição já atingida desde 1997. Só nos últimos quatro anos caímos 33 posições, reflexo da nossa crise econômica. Estamos atrás da Albânia, Armênia, Guatemala, Irã, Jamaica, Chile, África do Sul, México, Costa Rica, Colômbia, Peru e Uruguai.
Outra característica da nossa pátria amada, dessa vez revestida de excêntrica, é como funciona o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), onde são registradas as patentes das inovações tecnológicas desenvolvidas no Brasil. Embora entre os anos de 1996 e 2015, o número de pedidos tenha passado de 18 mil para 33 mil ao ano, os registros efetuados caíram de cinco para quatro mil, com o agravante de que os inventos levam mais de dez anos para receber a patente. Algumas delas quando são reconhecidas pelo INPI já estão ultrapassadas, como são exemplos alguns inventos nas áreas de produção de remédios e de telecomunicações.
Porém o acontecimento mais estridente é a propalada reforma do ensino médio. Enviada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2014, ainda está a presa no Congresso Nacional, onde anda a passos de tartaruga, depois de receber 567 emendas de deputados e senadores. Agora, o novo governo quer fazê-la por Medida Provisória, como meio de agilizar o andamento. Porém a gritaria é geral, inclusive de congressistas da base aliada.
Em síntese, a reforma visa permitir que alunos, seus pais e escolas possam escolher que matérias devam ser aprofundadas ou reduzidas durante o curso médio, tornando o currículo menos rígido, adequando-o às vocações dos alunos. O problema é a flexibilização da educação física, arte, filosofia e sociologia, não obstante isso possa ser alterado pelo Congresso. Ninguém fala dos aspectos bons como, por exemplo, a carga horária anual que passaria de 800 para 1.400 horas, com os alunos recebendo sete horas/aula por dia.
A gritaria é grande contra a reforma do ensino. Será que alguém que tenha consciência sã pode defender o status quo do ensino médio, mesmo sabendo que estamos na 133ª posição no ranking mundial de educação? Será que essa não é uma situação de relevância e urgência que justifique uma Medida Provisória?
Volto a minha formação de contador e economista. Quando há perigo de falência, há que se adotar medidas saneadoras urgentes; se retardadas, quando forem tomadas não servem de nada. Ensino, competitividade e desenvolvimento tecnológico são ângulos do mesmo problema. No mais é somente apologia da burrice.

Tribuna do Norte. Natal, 06 out. 2016.