quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bandidos trancam únicos PMs de cidade na PB e explodem agências bancárias

Valéria Sinésio
Do UOL Notícias, em João Pessoa
Comentários 10
Uma ação ousada mudou a rotina do município de Montadas, na Paraíba (a 135 quilômetros de João Pessoa), na madrugada desta quinta-feira (29).
Um grupo formado por aproximadamente seis homens --encapuzados e fortemente armados-- explodiram duas agências bancárias da cidade, após trancarem com uma corrente o destacamento da Polícia Militar.
De acordo com informações repassadas pelo soldado Mailton Santos, do 10° Batalhão da Polícia Militar em Campina Grande, o grupo colocou uma corrente no destacamento para garantir que a PM não atrapalhasse o crime.
O município de Montadas tem 4.900 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e não mais que três policiais. “O destacamento, na verdade, é uma casa alugada para abrigar os PMs”, disse o soldado.
Depois de colocar a corrente, os bandidos colocaram o plano em prática. Inicialmente foram para a agência do Bradesco, onde provocaram a primeira explosão e levaram uma quantia de dinheiro não informada pelo banco.A agência ficou destruída.
Em seguida, partiram para a agência do Banco do Brasil, a poucos metros, onde explodiram os caixas eletrônicos, mas não conseguiram levar dinheiro. “A suspeita é que não havia explosivo suficiente”, declarou.
Ainda de acordo com o 10º Batalhão, o fato ocorreu por volta das 2h30. Depois que os bandidos fugiram, populares acionaram a polícia.
Como os PMs estavam presos no destacamento, viaturas de cidades vizinhos atenderam a ocorrência e se surpreenderam com mais uma ousadia do grupo: grampos colocados na estrada furaram os pneus e as viaturas ficaram no meio do caminho.
Depois disso, a Força Tática foi acionada, mas até às 10h ninguém havia sido preso.
Fonte: UOL.




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  1. Avatar de sangue no olho

    sangue no olho

    14 minutos atrás
    Isto é uma vergonha a tendência é piorar porque os governantes so estão com bolso deles não pela eficiencia de segurança para o cidadão
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  2. Avatar de anonimo por enquanto

    anonimo por enquanto

    1 hora atrás
    “Depois que os bandidos fugiram, POPULARES acionaram a polícia.”..Com 3% de aumento em FEVEREIRO eu também não compraria um celular,não pagaria a conta do telefone fixo e muito menos INTERNET.Os “populares” se quiserem,que chamem a policia vizinha.
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  3. Avatar de Lukas love

    Lukas love

    2 horas atrás
    Isso é um tapa na cara de cada brasileiro. O povo brasileiro é o que mais paga imposto no mundo; e nada lhe é oferecido em troca... Um "país sem Lei", onde os bandidos estão tomando conta literalmente; é um mistura de drama e comédia; se contarmos isso em outros países, eles irão rir da nossa cara. Povo lindo do meu Brasil, vamos aprender a valorizar o nosso país... Vamos votar direito... Vamos estudar mais a vidas dessa cabada; vamos querer mais saber o que eles fazem com a riqueza de um país que é a sexta maior do mundo... E o pior é que enquanto tudo isso acontece, lá em Brasília eles riem das nossas caras, por que a imprensa os deixa de lado e dão destaque apenas para as mazelas... Meu amado povo brasileiro; o Brasil é nosso. Somos nós que temos que cuidar dele... Ou será que vamos ter que esperar que Deus venha pessoalmente cuidar de cada um de nós...???? ACORDA GENTE...!!!
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  4. Avatar de Paulo Campelo

    Paulo Campelo

    2 horas atrás
    Relato hilário. Parece enredo de uma comédia.
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  5. Avatar de cade o remedio ?

    cade o remedio ?

    3 horas atrás
    cadê aqueles que estavam criticando o funeral do ditador na Coréia ? por isso que lá o povo chora a morte de um líder, porque o líder protege o povo, lá não é esta baderna que é aqui, dá prá entender agora ?
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    1. Avatar de Reisal

      Reisal

      1 hora atrás
      se é o caso, se mude pra lá.
  6. Avatar de Angelo.01

    Angelo.01

    3 horas atrás
    E o nosso ministro da fazenda ainda diz que em 20 anos estaremos num nível europeu!!! kkkkk...NUNCA!!!!!!
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  7. Avatar de HUA, HUA

    HUA, HUA

    3 horas atrás
    Tái, quando todos comentamos da violencia no Brasil parece que somos radicais em nossos comentários. Se em SP, RIO onde a policia, AINDA QUE PESSIMAMENTE PAGA, consegue "CORRER ATRÁS DO BANDIDOS" imaginem o quadro em outros Estados. Nessa cidade em particular o destacamento é de 03 policiais. É pura brincadeira. A bandidagem de hoje é articulada, tem informações VIA INTERNET, tem armamento melhor que da policia, então fica fácil este tipo de ação. Alem disso, sabem de seus "DIREITOS" e partem pra cima, literalmente. Quando politicos, juizes e demais autoridades deveriam combater o crime de forma severa, NOSSO ILUSTRES REPRESENTANTES NO CONGRESSO, aprovaram a lei 12403 que liberta, ladrões, assassinos, estupradores, ainda que presos em flagrante,simplesmente pagando uma fiança ,onde será que vamos parar? ACORDA BRASIL.
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  8. Avatar de DeKlerk

    DeKlerk

    3 horas atrás
    Nota-se a uma evolução na Humanidade. Os ladrões, dentro de uma filosofia de não-violência, evitando o enfrentamento, colocou a corrente e trancou os policiais na delegacia. Por sua vez, os policiais, demonstrando estarem afinados com essa mesma não violência, não reagiram, como aliás é a lição numero 1º que procuram divulgar à população. Com isso, evitaram-se o uso de armas de fogo, para as quais os bandidos estão muito mais preparados, eis que submeteram-se ao exame psicotécnico e à prova de proficiência ministrada pela PF, como é exigência do Estatuto do Desarmamento. A evolução nos levará ao emprego amplo e generalizado de armas não letais, com o que estaremos encerrando uma era de barbárie, e com isso, o ladrão levará apenas bens materiais e não mais vidas humanas. A policia, por sua vez, não mais chacinará bandidos, e com isso a PAZ estará preservada. Cada qual cumpre seu papel e assim a humanidade evolui.
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  9. Avatar de chicary

    chicary

    3 horas atrás
    Brinacdeira... isso deve ter sido a reprise do Velho Oeste. Imagina-se uma população de 4.900 almas habitantes da pacata Montadas PB assistindo ao vivo cenas de faroeste.
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  10. Avatar de DA PARAIBA!!

    DA PARAIBA!!

    3 horas atrás
    Sou PM na PB e o caixa do BB é vizinho ao destacamento da PM a falta de pm´s é em quase todas as cidades da Paraiba, o governador não da a minima para a segurança publica e deu uma aumento de 3% que só vai ser pago em fevereiro. E diz que vai ser o melhor para o policia de todos os tempos.
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    1. Avatar de saintlui

      saintlui

      15 minutos atrás
      Acho que todos tem que trabalhar pra se sustentar, mas vc como policial na Paraíba tem que ter muita coragem pois com uma remunaração ridícula, semelhante aos professores, realmente é pôr a vida em risco desde o momento que sai de casa, lhe desejo uma boa sorte e que tenha muita cautela, se lembre que seu maior bem é a sua vida! Mas faça seu trabalho da melhor forma possível, tenha um feliz 2012 com maior segurança e valorização profissional!
    2. Avatar de KleberBrasil

      KleberBrasil

      2 horas atrás
      Isso é uma vergonha!
    3. Avatar de Gustavo Brito

      Gustavo Brito

      2 horas atrás
      Sem contar a LOROTA de campanha onde o pseudo-governador afirmava que iria RESOLVER em poucos MESES a insegurança que hoje toma conta da nossa querida Paraíba!!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Veículos terão que usar placas refletivas a partir de janeiro


Terça-feira, 27 de dezembro de 2011 - 17h49

A partir de janeiro de 2012, entrará em vigor a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que obriga a utilização das placas refletivas e lacres numerados para veículos novos e aqueles oriundos de transferência. A mudança atende à Resolução 372/2011 do Contran e será válida para automóveis, motos, ônibus e caminhões, licenciados ou que tiverem a documentação transferida para outro município ou Estado. Caberá ao Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB) cumprir e fiscalizar a determinação.
“Essa mudança aumentará a segurança no trânsito. Além de diminuir a clonagem das placas, facilitará a fiscalização veicular”, prevê o superintendente do Detran, Rodrigo Carvalho. As novas placas são mais visíveis, o que é útil em dias chuvosos, com neblina ou à noite. Elas também possibilitam melhor visualização da distância de um veículo em relação ao outro.
O superintendente explica que a adoção das placas reflexivas é uma inovação no quesito tecnologia, com elementos à prova de fraudes, já que cada placa será personalizada e receberá um código de barras individual, possibilitando o envio de informações para a base de dados do Detran. Isso aumentará o controle por rastreamento, o que implica em um sistema de informação de veículos mais inteligente, eficiente e moderno.
Como vai funcionar – As empresas fabricantes de placas veiculares, credenciadas pelo Detran, comprarão a matéria-prima com a interveniência do Sindicato Estadual dos Fabricantes de Placas de Veículos Automotores da Paraíba (Sindiplave-PB) para confeccionar o novo modelo de placas. Os lacres instalados nas placas serão numerados e bem mais resistentes, invioláveis e de fácil rastreamento. A numeração constante no lacre será inserida no certificado do veículo servindo como mais um item para auxiliar na fiscalização e na legitimidade das placas.
O lacre rastreável terá uma codificação de nove dígitos gravada a laser, bem como a identificação do Estado de origem do veículo. Também será possível identificar se a placa condiz com o número de chassi do veículo, desse modo o sistema de segurança de trânsito poderá localizar o proprietário do automóvel em qualquer lugar do País, pois essa codificação estará disponível no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e os dados informatizados no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), disponíveis aos órgãos de trânsito dos Estados.
O Detran continuará sendo o responsável pelo controle e fiscalização de todo o processo, bem como pelo credenciamento das empresas fabricantes de placas veiculares. Também se responsabilizará por toda integração do banco de dados. O processo será informatizado, desde a fabricação da placa até o seu lacre. Em 2012, as empresas de placas credenciadas só poderão emplacar os veículos com placas refletivas, rastreáveis e homologadas pelo Denatran e Detran.
Alguns Estados já usam esse método, como Santa Catarina (desde 1997) e o Rio de Janeiro (2001); São Paulo adotou essa medida recentemente. Assim como a Paraíba, outros Estados do Nordeste também estão em fase de implantação, como o Maranhão e Pernambuco.
Acordo social – Na Paraíba, o Governo Estadual, de forma pioneira, adicionou um benefício social à nova norma de trânsito. Com a nova regra, os condutores ajudarão o Estado a contribuir para a ressocialização de adolescentes e jovens em conflito com a lei, que hoje vivem em Centros Educacionais da Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac).
O benefício acontecerá por meio do projeto social “Sinalizando Vidas”, que, a partir de convênio entre Detran, Fundac e Sindiplave, vai capacitar jovens para a fabricação e lacração das placas reflexivas. O Sindiplave e a Fundac serão os responsáveis pelo treinamento e capacitação desses adolescentes. A contratação dos jovens será feita pelas empresas responsáveis pelo serviço de emplacamento e lacração.
De acordo com Rodrigo Carvalho, o Detran receberá repasse operacional de 17% sobre a tarifa arrecadada pelas novas placas. Desse percentual, 30% serão destinados à Fundac, que coordenará o processo de capacitação dos adolescentes e monitorará os resultados gerados pelo projeto social. Com o recurso, a fundação investirá na capacitação dos adolescentes e jovens, na reforma e ampliação da infraestrutura educacional, em programas amparados por assistentes sociais e psicólogas para os jovens e suas famílias, bem como no preparo deles para reingressar na sociedade.
O “Sinalizando Vidas” é um projeto que faz parte do Plano Acordo Social, do Governo do Estado, que tem como objetivo articular meios para a ressocialização de jovens e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de internação e semiliberdade.
Normatização – Atualmente, não existe uniformização dos preços por parte do Detran, bem como nenhuma forma de cobrança centralizada, o que facilita a prática de preços abusivos ao consumidor final. Com o novo modelo, o mercado de comercialização de placas e tarjetas será normatizado, pondo fim à figura do intermediário, que causava a informalidade (produto sem procedência), a má qualidade e a evasão fiscal no setor.
Fonte: Governo da Paraíba/Secom.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL para todos!

Em meio aos sentimentos que nos toma neste Natal, lembremos daqueles aonde o "bom velhinho" não consegue chegar nos versos mais que verdadeiros do poeta Luiz Campos.


Felicidades a todos...


CARTA A PAPAI NOÉ

Luís Campos

Poeta mossoroense

Seu moço eu fui um garoto
Infeliz na minha infância
Que soube que fui criança
Mas pela boca dos outo.
Só brinquei com os gafanhoto
Que achava nos tabuleiro
Debaixo dos juazeiro
Com minhas vaca de osso
Essa catrevage, sêo moço
Que a gente arranja sem dinheiro.

Quando eu via um gurizin
Brincando de velocipe
De caminhão e de gipe
Bola, revólver e carrin
Sentia dentro de mim
Desgosto que dava medo
Ficava chupando o dedo
Chorando o resto do dia
Só pruquê eu num pudia
Pegar naqueles brinquedo.

Mas preguntei uma vez
A uns fio de dotô
Diga, fazendo um favô
Quem dá isso pra vocês?
Mim respondeu logo uns três
Isso aqui é os presente
Que a gente é inocente
Vai drumí às vêis nem nota
Aí Papai Noé bota
Perto do berço da gente.  

Fiquei naquilo pensando
Inté o Natá chegá
E na Noite de Natá
Eu fui drumi mim lembrando
Acordei fiquei caçando
Por onde eu tava deitado
Seu moço eu fui enganado
Que de presente o que tinha
Era de mijo uma pocinha
Que eu mermo tinha botado

Saí c’a bixiga preta
Caçando os amigos meu
Quando eles mostraram a eu
Caminhão, carro e carreta
Bola, revólver, corneta
E trem elétrico, até
Boneca, máquina de pé
Mas num brinquei, só fiz vê
E resolvi escrevê
Uma carta a Papai Noé.

“Papai Noé, é pecado
Os outro se matratá
Mas eu vou le recramá
Um troço que tá errado
Que aos fio de deputado
Você dá tanto carrin
Mas você é muito ruim
Que lá em casa num vai
Por certo num é meu pai
Que num se lembra de mim.

Já tô certo que você
Só balança o povo seu
E um pobe qui nem eu
Você vê, faz qui num vê
E se você vê, porque
Na minha casa num vem?
O rancho que a gente tem
E pequeno mas le cabe
Será que você num sabe
Qui pobe é gente também?

Você de roupa encarnada,
Colorida, bonitinha
Nunca reparou que a minha
Já tá toda remendada
Seja mais meu camarada
Prêu num chamá-lo de ruim
Para o ano faça assim:
Dê menos aos fio dos rico
De cada um tire um tico,
Traga um presente pra mim.

Meu endereço eu vou dá,
Da casa que eu moro nela
Moro naquela favela
Que você nunca foi lá
Mas quando você chegá
Que avistá uma paióça
Cuberta cum lona grossa
E dois buraco bem grande
Uma porta véia de frande
Pode batê que é a nossa.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Governo vai investir R$ 50 mi no setor produtivo da PB, em 2012

Segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 - 20h26
O Governo do Estado vai investir, em 2012, R$ 50 milhões no setor produtivo da Paraíba. O valor é quase o dobro dos investimentos no mesmo segmento em 2011, quando o montante de recursos chegou a R$ 28 milhões. A informação foi passada pelo governador Ricardo Coutinho durante o programa ‘Fala Governador’, transmitido nesta segunda-feira (19), pela Rádio Tabajara.
Na terça (20), o governador estará em Campina Grande, onde participa da Festa do Campo, na pirâmide do Parque do Povo. “Será o grande dia da inclusão produtiva, do povo da produção”, destacou o governador. Como motivo para a festa, a Paraíba registra resultados importantes, que, segundo Ricardo Coutinho, merecem ser festejados.
“O Cooperar, que no ano passado não financiou sequer R$ 1, em 2011 já chegou a R$ 22 milhões de financiamentos, dos quais 85% foram destinados ao setor produtivo”, disse. Na festa, será anunciada, oficialmente, a liberação de mais R$ 6 milhões por meio do projeto, além de R$ 1,8 milhão de créditos pelo Empreender Paraíba e outros R$ 3 milhões de créditos individuais, também do Empreender, junto com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
“Com iniciativas como essa, sinalizamos que o mais importante para a Paraíba é incentivar o setor produtivo, pois aí geramos mais renda e empregos e ainda ativamos a cadeia produtiva, de baixo para cima”, acrescentou. Ainda de acordo com o governador, só na apicultura, o Estado investiu mais de R$ 8 milhões, enquanto no setor da mineração os investimentos alcançaram R$ 2,5 milhões. Já na avicultura caipira foram cerca de R$ 500 mil investidos.
A Festa do Campo no Parque do Povo terá início às 10h e contará com participação de produtores de diversas áreas. No local, ocorrerá uma feira de produtos provenientes da agricultura familiar.
Retorno de investimentos – O governador enfatizou que o Empreender Paraíba dotou produtores com infraestrutura, preparou projetos e, principalmente, constatou se as cooperativas têm capacidade de pagamento. “Não estamos dando dinheiro, estamos investindo. Queremos os recursos de volta para poder investir em outras cooperativas. Apoiamos empreendedores com o objetivo de aumentar a renda deles. O que geramos de emprego com os arranjos produtivos é sustentável. Assim, eles fazem o dinheiro circular dentro do próprio estado”, ressaltou.
Crescimento do Porto –Ricardo Coutinho também destacou os avanços registrados no Porto de Cabedelo, em 2011. Durante todo o ano passado, o porto movimentou 1,3 milhão de toneladas de carga, enquanto de janeiro passado até a manhã desta terça-feira, o registro já era de 1,7 milhão. “É sinal de que o porto, com os problemas que nós temos, se supera e se coloca como alternativa para os grandes portos. Ele pode e vai crescer muito mais do que isso”, assegurou.
Para isso, Ricardo revelou que já solicitou ao Governo Federal recursos para investimentos básicos no porto, como modernização de guindastes, ampliação do cais, aprofundamento do cais envolvente e construção de um terminal de múltiplo uso, para aumentar a capacidade de estocagem de contêineres. As ações estão orçadas em torno de R$ 350 milhões.
Investimentos em educação – O ano de 2011 também foi de saltos para a educação paraibana. No programa radiofônico da Tabajara, o governador fez uma prestação de contas dos trabalhos realizados pelo Estado nesse setor. Começando pela qualificação, com a chegada do programa Formação Continuada, que, só na primeira etapa, inscreveu 12.931 professores.
A qualificação também atingiu a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) passaram a contribuir com o trabalho. “Nossa meta, até 2012, é de que 123 mil alfabetizandos sejam atendidos pelo programa, o que corresponde a 20% do número de pessoas de 15 anos ou mais em situação de analfabetismo no Estado”, disse.
O Governo investiu ainda em tecnologia. Só em 2011, foram adquiridos 1,6 mil computadores para escolas estaduais acima de 50 alunos. Por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), cada um dos 2,5 mil professores em qualificação vai receber um netbook, adquirido com recursos próprios do Estado.
Já na formação dos alunos, o governo apostou no PBVest, voltado para estudantes que estão prestando Vestibular ou provas do Enem. “Em todo o Estado, foram mais de 5,5 mil alunos matriculados e 25 localidades atendidas. Quando começamos, nossa meta eram 12 localidades. Em 2012, queremos atingir o dobro de locais e matricular dez mil estudantes”, afirmou.
Infraestrutura de escolas – Em 2011, o Governo do Estado executou 291 obras de infraestrutura em escolas. Entre esses serviços, estão construção, reformas e ampliação dos prédios. Ao todo, foram investidos pouco mais de R$ 49 milhões. Atualmente, pelo projeto Paraíba Faz Educação, o Governo possui 33 projetos em andamento. “Na essência, temos que trabalhar para oferecer ao estudante a melhor condição possível. E, para fazer isso, vamos buscar apoio de todas as formas, inclusive interagindo com as redes municipais de educação.”
Salão de artesanato – Ricardo Coutinho destacou ainda que, só em 2011, o Governo do Estado apoiou os artesãos paraibanos com mais de R$ 500 mil. Nesta quinta-feira (22), será aberta, no Jangada Clube, Praia de Cabo Branco, em João Pessoa, mais uma edição do Salão de Artesanato da Paraíba, que se estende até o dia 22 de janeiro. “Não temos a menor dúvida de que nossos artesãos terão recorde de vendas. Contamos com a presença forte de visitantes, pois a cidade já está cheia de turistas”, destacou.
            

COLONIZAÇÃO E POVOAMENTO DO APODI (I) - O MARCO ZERO.

Marcos Pinto - historiador apodiense - 14.12.2011
     Processo  histórico  lento  e  gradual  da  ocupação  do  adusto  solo  sertanejo, em  que  consubstancia-se  a  trajetória  de  bravura  e  pujança  da  honrada  família  NOGUEIRA, rasgando  os  sertões  da  Paraíba  para  penetrar  o  "Vale do Jaguaribe", por  onde  alcançaram  a   ignota  serra,  reduto  de  ferozes  indígenas, seguindo  suas  veredas  para, sob  a  tutela dos seus facões, alargarem-nas  e  transformarem-nas  em  picadas, fato  referencial  que  fez com  que  passassem  a  denominá-la  em  batismo  toponímico  de  "SERRA  DA PICADA".  No  silêncio  cheio  de  sol, ao  aproximarem-se  das terras  que  se  estiravam  das   bordas  da  serra  para  uma  piscosa  lagoa, tiveram desse  portal  uma  bela  visão  panorâmica, sedutora  e  misteriosa.  Do  alto da  serra,  o  céu  vestia-se  de  um  azul  intenso, e mais azul  do  que  ele, os  vultos  das  altaneiras  serras  do  Patu, Portalegre  e  Martins, perfilando-se em  aparados  ou  talhados.   Embriagados de  notáveis  emoções, divisaram  o  vasto  carnaubal  cobrindo  de  verde  as  férteis  terras  de  aluvião,que  embalavam  e  ainda  embalam  nas  tardes mornas  o farfalhar  dos seus leques  em  misteriosas  coreografias.  Batizariam  com  o  pomposo  referencial  toponímico  de  "Várzeas  do  Pody", denominação  esta  que,  no  ano  de  1761,  o  Juiz  Miguel  Carlos  de  Pina  Castelo  Branco  ampliara  para  "Povoação  das  Várzeas  do  Apody".  Nesse  cenário  extasiante  sobressaíam-se  as  contagiantes  "vazantes"  da lagoa, ampliando  o  encantamento  do  elemento  branco  povoador.  Aquí  e  alí  cortava  o  silêncio  o  canto  característico  das  seriemas,  em  seu  cacarejo  metálico.  

Nos  primeiros  e  temerosos  contatos  com a  indiada  tapuias  paiacus, em que  predominavam  as  recíprocas  desconfianças  e  precauções, os  Nogueira  devem  terem  visto  e  ouvido,  curiosos, os  silvícolas  apontarem  para  o  chão  e baterem fortemente  nos  peitos, a  afirmarem  em  sua  linguagem  travada, que  eram  senhores  absolutos  da  terra  PODY.  Amainados os ânimos da  indiada  da  nação  Tarairiús, os  NOGUEIRA  trataram  logo  de  requerem  as   primeiras  "Datas  de  Sesmarias", açambarcando, como lhes  era  de  direito, as  melhores  terras, englobando  toda  a  várzea  até  as  que  margeavam  a  lagoa, estendendo-se  até  o  sopé  da  serra  que  eles  passaram  a  denominar,  em  seus  requerimentos de  sesmarias, de  "SERRA  PODY  DOS  ENCANTOS".  Quando  as  terras  requeridas  eram  distantes, já  vizinhas  ao  Ceará, afirmavam  que  as  terras  eram  situadas  na  "SERRA  PODY  DOS  ENCANTOS  PARA  FORA".  Apos  todos  os  ingentes  esforços  empreendidos  na  conquista  das  terras, os  bravos  NOGUEIRA  depararam-se  com  a  insana  concorrência  dos  sesmeiros  baianos  da  família  ROCHA  PITA, que  pleiteavam  forçosamente  o  senhorio  das  terras  requeridas  pelos  NOGUEIRA, situadas  na  margem  sul  da  lagoa, onde  hoje  situa-se  o  sítio  "Garapa", e outros vizinhos, medindo  três  léguas  de  comprimento  por  uma  de  largura.  Não  havia  como  os  NOGUEIRA  perderem  suas  concessões  sesmeiras, posto  que requereram  em  início  do  mês  de  Maio  de  1680, e  no  dia  19  do  mesmo  mês  e  ano  eram-lhes  concedidas  pelo  então  Capitão-Mór  do  RN.  Os  ROCHA  PITA  requereram  somente  em  Junho  de  1680.

 Na  epopéia  colonizadora, os  indômitos  NOGUEIRA  protagonizaram  incontáveis  fatos  históricos, num  processo  evolutivo  e  audacioso, escrevendo  o  capítulo  especial  do  povoador  inicial,   empregando  a  pólvora  e  o  aço  viril, contra  o arco  e  a  flecha, tão  bem  manejadas  pelas  hábeis  mãos  da  indiada, até  então  com  o  senhorio  absoluto  das  plagas  de  terras  ardentes.

Como  os  tapuias  paiacus  tinham  sua  taba  principal  situada  nas  terras  onde  hoje  estão  encravados  os  sítios "Barra", "Ponta", "Largo"  e  "Estreito", a  família  NOGUEIRA  optou  por  fixarem  moradia  no  outro  lado  da  lagoa, no  lugar  onde  atualmente  está  encravado  o  sítio  "Garapa", que  os  NOGUEIRA  batizaram  inicialmente  com  o  nome  de  "Braço da lagoa  do  Cajueiro".   Baseado  nesta  minudência  histórica  e  geográfica,  poder-se-á  afirmar  que  este  lugar  assume  a  emblemática  conotação  geográfica  de  ter  sido " O  MARCO  ZERO  DA  COLONIZAÇÃO  E  POVOAMENTO  DO  APODI".

 Estranha-se  o  fato de  que  os  NOGUEIRA  não  tenham  contado  com  a  ajuda  espiritual  de  um  sacerdote  para  ajudá-los  no  difícil  momento  do  encontro  primeiro  com  a  indiada.

Quanto  ao  venerando  capítulo  da  CATEQUESE  INDÍGENA  em terras  Apodienses, há  um  longo  hiato  de  20  anos (1680-1700), posto  que, somente  em  10  de  Janeiro  de  1700  os  abnegados  e  virtuosos  padres Jesuítas  PHILIPE  BOUREL  e  JOÃO  GUINCEL  declaram  oficialmente  instalada  a  "MISSÃO  JESUÍTA  DA  ALDEIA  DO  LAGO  PODY". (Vide  livro "HISTÓRIA  DA  COMPANHIA  DE JESUS  NO  BRASIL" - Tomo V -  Autor:  Padre  Serafim  Leite).


Por Marcos Pinto - Historiador apodiense.

COLONIZAÇÃO E POVOAMENTO DO APODI (II) CURRALEIROS VERSUS GENTIO INDÍGENA.

 Nos  primeiros  tempos  de  colonização  européia  no  RN, via  Bahia (Região do  rio São Francisco)  e  Pernambuco, a  região  do Apodi  não  apresentou  efetiva  ocupação  territorial, tendo  em  vista  a  forte  resistência  indígena  e  as  barreiras  naturais    que  dificultavam  o  acesso.  Foram  duas  as  correntes de  povoamento  do  Apodi:  A  primeira  veio  de  Pernambuco, passando  pela  Paraíba, de  onde  desciam  pela  antiga  "Estrada  Real",  que  demandava  para  a  região  jaguaribana. Manoel  Nogueira  seguiu  o  trajeto  desta primeira  corrente.  A  segunda  veio  pela  região  do  Assu, onde  no  ano  de  1686  ficou  aquartelado  o  famoso  "TERÇO  DOS  PAULISTAS", comandado  pelo  octogenário  Manuel  de  Abreu  Soares. 
                    No  livro  de  REGISTRO  DAS  SESMARIAS  DO  RN, consta  a  concessão  de  Carta  de  Data  de  Sesmaria  concedida  em 19  de  Fevereiro  de  1680  a   Manoel  Nogueira  Ferreira, João  Nogueira Ferreira, Antonia de  Freitas Nogueira, e  seus  companheiros/requerentes   Domingos  Martins  Pereira, Capitão  Bartolomeu  Nabo  Correia, Alferes  Gonçalo  Pires  de  Gusmão, Capitão  Luis  Braz  Bezerra, Capitão  Luiz  Antunes  de Farias  e  Manoel  Roiz  da  Costa, cuja  concessão  doava  três  léguas  de  terras  à  cada  requerente, cujas  terras  englobavam  os  rios  "Piranhas"  e  "Guaxinim", na  região  do  Assu.  Conforme  consta  no mesmo  livro  de  sesmaria, estes  requerentes  desistiram  de  povoarem  as  terras  que  lhes  foram  concedidas, no  mesmo  ano.  Ocorre  que, já  no  dia  19  de  Abril  de  1680  Manoel  Nogueira  e  estes  mesmos  companheiros  recebem  a  concessão  em  Apodi, que  os  índios  denominavam  apenas de  "Pody".  Diante  este  cenário, resta  a  indagação:  Teria  Manoel  Nogueira  e  seus  irmãos  e  demais  requerentes  estado  na  região  do  Assu  antes  de  aportarem  em  Apodi ?  No  requerimento  dão  a  entender  que  sim, conforme  afirmam: "...Pela  qual  razão  querem  povoar  nesse  sertão  e tem  dado  combate  aos tapuias  para  lhes  mostrar  onde  há  terras  desaproveitadas....querem  povoar  ainda  que  seja  com  risco  de  suas  pessoas  e  fazendas, por serem  paragens  ermas  e  despovoadas, donde  os  antigos  nunca se  atreveram  a  povoar...".   Observe-se  que  também  era  comum  o  fato  de  que  dois  ou  três  bravos  colonizadores  exploravam  as  terras  e  quando  as  requeriam  acrescentavam  nomes  de  amigos  e  parentes, para  açambarcarem  vastas  extensões  de  terras,  que  deram  origem  aos  latifúndios.
A  verdade  é  que  o  bravo  MANOEL  NOGUEIRA  e  família, acompanhados  por  alguns escravos  tiveram  uma  vida  de  correrias  e  tropelias, no  enfrentamento  da  indiada  rebelde.  Davam, apanhavam, iam  embora, retornavam, sendo  certo  que  só  tiveram  uma  certa  tranquilidade  quando  o  famoso  "TERÇO DOS  PAULISTAS"  fez  uma  longa  incursão  até  a  lagoa  Pody, no ano de  1689, conforme  afirma  o  celebrado  e  respeitado  historiador  brasileiro  ERNESTO  ENES, no volume  127  da  Coleção "Brasiliana": "...Pedro de  Albuquerque  Câmara, Bernardo  Vieira  de  Melo, Valentim  Tavares  Cabral  e  Agostinho  César  de Andrade  tomaram  parte  na  marcha  que se  fez  do  Olho  d'água  aos  rios  paneminha  e  panema  grande, até  a  lagoa  Pody.  No  combate da  lagoa  do  Apody  estiveram  outros  soldados  como  João  do  Monte" . Vide (pág. 409)  e  Luiz da Silveira  Pimentel (pág. 269).
                A  saga  dos  NOGUEIRA  teve  início  em  1680, continuando  até  o  dia  11  de  Junho de  1685, quando  retornaram  à  Paraíba  em busca  de  recursos, a  fim  de darem  continuidade  aos  trabalhos  de  exploração  do  novo  território. Em  17  de  Novembro de  1688  ocorreu  o  famoso  embate  entre  a  família  NOGUEIRA  e  os  índios  Paiins, na  margem  da  lagoa  do  "Apanha-Peixe", onde  tombaram  mortos  os bravos  João  Nogueira  e Balthazar  Nogueira, forçando  o  grupo  familiar  a  debandarem  em  fuga  para  a  região  jaguaribana, no  Ceará.  A  indômita  ANTONIA  DE  FREITAS  NOGUEIRA, que  chegara  ao  Apodi  em  estado  de  viuvez, casou  no  ano  seguinte - 1681, com  o  português  Manuel  de  Carvalho  Tinoco, sendo  certo  que  em um  dos  livros  de  registro  de  batizados  constante  do  acervo da  Igreja-Matriz  de  N. Sra.  da  Apresentação, da  cidade  de  Natal, consta  a  presença  deste  casal  residindo  nas  imediações  de  Natal, em  São  Gonçalo  do  Potengi, onde  Antonia  de  Freitas  batizou  cinco  filhos, no  período  1695  a  1706.
 Quando  o  Sargento-Mór  de  Entradas  MANOEL  NOGUEIRA  faleceu  em  sua  fazenda  "Outeiro"(Onde hoje é o "Quadro da Rua")  em  17  de  Janeiro de  1715, toda  a  várzea  do  Apody, do  sítio "Boqueirão" aos  sítios  "Santa  Rosa"  e  "Santa  Cruz"  já  estava  de posse  e  domínio  de componentes  de  sua  família  -  filhos, cunhados  e parentes  afins. Foram  os  primeiros  curraleiros.  Os  índios  do  Apodi, que no início  da  colonização  "fervilhavam  como  formigas"  nas  margens  da  lagoa  Itaú (Depois lago  Pody, e  lagoa  Apody)  e  dos rios  Panema  Grande (Depois  rio  Apody)  e  Paneminha (Depois  rio  Umary), sempre  foram  alvos  da  sanha  dos  conquistadores  e  dos  aventureiros, que  não  sossegaram  enquanto  não  eliminaram  ou  segregaram  o  último  sobrevivente  dessa  raça  nativa.
ÍNDIO TAPUIA PAIACUS(Pintura de Eckhout Ano-1641)
 TAPUIA PAIACUS - ÍNDIOS ANTROPÓFAGOS
(Segundo o Historiador Marcos Pinto,
essas pintura poderiam terem sido pintadas pelo grande pintor
holandês  Alberto van der Eckhout  ao redor da lagoa do Apodi no ano de 1641)
O  GENTIO  INDÍGENA  da  região  do  Apodi  era  constituído  de  05  etnias  e  uma  nação:  Tapuias  paiacus, Paiins, Icós, Icosinhos, Janduís  ou  Janduins, e  Canindés ,  da  nação  Tarairiús,  distribuídas  em  várias  tribos  e  malocas  ao  longo  do  território  apodiense.  O  criatório  de  gado  bovino  consistiu  na  primeira  atividade  econômica  do  Apodi, tendo  sido  o  principal  argumento constante  dos  requerimentos  das  famosas  "Datas  de  Sesmarias",  quando  alegavam  que  precisavam  situar  seu  rebanho  bovino, ou que  já  se  achava  com  seus  currais  instalados  nas  terras  requeridas.  De  um  lado  os  índios  eram  acossados  pelos sesmeiros/curraleiros,  exploradores  que,  muito  bem  armados, promoviam  a  guerra  para  expulsá-los  dos seus  territórios, e  vender  os  prisioneiros  aos  fazendeiros  e senhores  de  engenho  de  Pernambuco  e da  Bahia.  Do  outro  lado, eram  subjugados  à  ação  nefasta  dos  padres  e  dos  seus  colaboradores,  que  no  afã  de  impor  a  língua  portuguesa  e  difundir  a  religião  católica, ao tempo  em  que  lhes  ofereciam  proteção, desestruturavam  as  bases  de  sua  cultura,  tanto  do  ponto  de  vista  material  como  espiritual, transmitindo-lhes  ensinamentos  de  obediência  a  um  Deus  diferente  dos seus  -  que  não  permitia  a  nudez, a  poligamia,  a  selvageria, a  antropofagia  e  outras  práticas  por  eles  adotadas  -  e  ao  colonizador, que  nunca  os  entendeu  e sempre  os  perseguiu.